quinta-feira, dezembro 15, 2005

Carta do primo de Angola

Buraco di furassa, dia do lua nova do mês do chuva deste ano,

"Meus quirido Bastião:

Sou que tu estar a escrever. Eu num querer te dizer que tua pai moreu, por qui meu pessoa num querer dar desgosto, mas morer moreu mesmo, paravra de onra.
No nossa tera, estar passando coisa esquisito, carcura qui pessoas qui nunca ter morido estar morendo agora.
Muer de ti Paurino já pariu minino, mas ti Paurino estar esconfiado, diz qui minino não sere dere porque ele ter um perna di pau e um perna e minino nascer com dois perna verdadeiro mesmo.
Tonico querer casar com Nariquita mas os pai num querer, por qui eres afirmar ser pirimo, e pirimo com pirima num pode, sair firo anarfabeto.
Firo de ti João ter engorido sete e quinhento, já cagou cinco escudo, farta meiz cinco.
Os branco agora estar fazer um rua nova, ter passeio dum rado e passeio do outro rado, os rua passar mesmo nos meio.
Branco ter esperto nos cabeça.
Escurpa os carigrafia mas eu andar bem rouco e os paravra num sair bem.
Escurpa num mandar vinte escudo, qui me emprestaste mas eu já fechou os carta.

Teus pirismo quirido,

Jongo"

PS: Foi a menina Sara que teve a amabilidade de enviar esta coisa. Em nome do NS, tanquio véri mache.

1 comentário:

Anónimo disse...

"Os branco agora estar fazer um rua nova, ter passeio dum rado e passeio do outro rado, os rua passar mesmo nos meio.
Branco ter esperto nos cabeça.
Escurpa os carigrafia mas eu andar bem rouco e os paravra num sair bem.
Escurpa num mandar vinte escudo, qui me emprestaste mas eu já fechou os carta."

Esta parte está de mais :p
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